Sambando na lama de sapato branco, glorioso Um grande artista tem que dar o tom Quase rodando, caindo de boca A voz e rouca mas o mote e bom Sambando
Oh, musa do meu fado Oh, minha mA?e gentil Te deixo consternado No primeiro abril Mas nA?o sA? tA?o ingrata NA?o esquece quem te amou E em tua densa mata
Ja lhe dei meu corpo, minha alegria Ja estanquei meu sangue quando fervia Olha a voz que me resta Olha a veia que salta Olha a gota que falta Pro desfecho
Nao se afobe, nao Que nada e pra ja O amor nao tem pressa Ele pode esperar em silencio Num fundo de armario Na posta-restante Milenios, milenios No ar
Tinha ca pra mim Que agora sim Eu vivia enfim o grande amor Mentira Me atirei assim De trampolim Fui ate o fim um amador Passava um verao A agua e pao
(Chico Buarque, 1981) Quando, seu moco, nasceu meu rebento Nao era o momento dele rebentar Ja foi nascendo com cara de fome E eu nao tinha nem nome pra
O meu pai era paulista Meu avo, pernambucano O meu bisavo, mineiro Meu tataravo, baiano Meu maestro soberano Foi Antonio Brasileiro Foi Antonio Brasileiro
(Chico Buarque - Ruy Guerra, 1973) Quero ficar no teu corpo feito tatuagem Que e pra te dar coragem Pra seguir viagem Quando a noite vem E tambem pra
Preciso nao dormir Ate se consumar O tempo Da gente Preciso conduzir Um tempo de te amar Te amando devagar E urgentemente Pretendo descobrir No ultimo
(Caetano Veloso - Chico Buarque, 1975) Mesmo com toda a fama Com toda a brahma Com toda a cama Com toda a lama A gente vai levando A gente vai levando
(Chico Buarque, 1980) Vida, minha vida Olha o que e que eu fiz Deixei a fatia Mais doce da vida Na mesa dos homens De vida vazia Mas, vida, ali Quem sabe
Me sinto pisando Um chA?o de esmeraldas Quando levo meu coraA§A?o A? Mangueira Sob uma chuva de rosas Meu sangue jorra das veias E tinge um tapete Pra
Era tanta saudade E pra matar Eu fiquei ate doente Eu fiquei ate doente, menina Se eu nao mato a saudade E, deixa estar A saudade mata a gente A saudade
(Chico Buarque, 1965) Pedro pedreiro penseiro esperando o trem Manha, parece, carece de esperar tambem Para o bem de quem tem bem De quem nao tem vintem
(Chico Buarque, 1981) Amo tanto e de tanto amar Acho que ela e bonita Tem um olho sempre a boiar E outro que agita Tem um olho que nao esta Meus olhares
(Chico Buarque - Sivuca, 1977) Agora eu era o heroi E o meu cavalo so falava ingles A noiva do cowboy Era voce Alem das outras tres Eu enfrentava os batalhoes